De Olho no Cientista: Larissa Santos
- Solucionários & Resumos
- 7 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Formada em Física Bacharelado pela Universidade de Brasília (UnB) e PhD em astrofísica pela Universidade de Roma, Larissa Santos é professora na Universidade de Yangzhou (China). Especialista no universo primitivo e autora do livro “De onde surgem as grandes ideias?”, Larissa divulga ciência nas redes sociais, especialmente no Instagram e no Youtube, com o canal Bariogênese.
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A cientista afirma que o objetivo de seu estudo é responder às perguntas fundamentais relacionadas ao universo e à estrutura que influencia a configuração do céu que vemos.
Início de sua trajetória
Motivada pela curiosidade da origem do universo desde sua infância, teve seus primeiros passos como cientista enquanto cursava Física na UnB. Segundo Larissa, “Eu me interesso por ciência desde que me entendo por gente. Eu lia revistas especializadas e queria saber tudo sobre o Stephen Hawking.”. Adiante, ao ingressar no mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), começou a pesquisar sobre a radiação cósmica de fundo. A partir disso, passou a se dedicar à ciência que estuda a origem e a estruturação do universo: a cosmologia observacional. “Por meio da medição da radiação cósmica de fundo conseguimos entender coisas que aconteceram no universo primordial”. Com esta passagem, Larissa explicita a importância de sua área de ponderamento, perseverando em sua curiosidade pelo tema, cultivada desde a infância.
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Doutorado e feitos posteriores
Ao finalizar seu mestrado, na Universidade de Roma (Itália) iniciou o doutorado. Mesma instituição em que realizou o PhD. Larissa conta que, ao encerrar o pós-doutorado, foi convidada para o seu segundo na Universidade de Ciência e Tecnologia da China. Quando completou quatro anos como pesquisadora em território chinês, recebeu uma proposta para tornar-se professora no Centro de Gravitação e Cosmologia da Universidade de Yangzhou. Comenta que “No começo foi difícil, existe uma diferença cultural muito grande e eu tinha muita dificuldade com a língua. Hoje em dia eu estou bem adaptada, principalmente porque a China valoriza muito a ciência, tecnologia e inovação”.
Incansável, Larissa divulga a ciência de forma acessível em suas redes sociais. Com foco no Instagram, na conta @bariogenese. Enfatizando seu empenho na disseminação do conhecimento, a professora também contribui com a literatura impressa.
De onde surgem as grandes ideias?
Seu livro recém-publicado “De onde surgem as grandes ideias?” desmistifica o senso comum de solidão e “inteligência divina” dos gênios, mostrando que as ideias são resultados de estudo e reformulação de experiências adquiridas ao longo de uma vida inteira.
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Em uma entrevista com a revista Super Interessante, Larissa é interrogada sobre o motivo pelo qual decidiu escrevê-lo. A resposta dada foi:
“Eu recebo muitas perguntas do público nas redes sociais, e muitas pessoas têm uma ideia bastante equivocada de como a ciência se desenvolve. As pessoas pensam que são grandes gênios, momentos inspiradores, momentos “Eureka” que surgem com ideias disruptivas e mudam a ciência. [...] A minha ideia com o livro foi mostrar que as grandes ideias não surgem do nada. Depende muito do estudo, curiosidade, ambiente e pessoas com quem nos relacionamos. São vários fatores que influenciam boas ideias, e não só um momento de inspiração divina.”
Confira a entrevista completa em: https://super.abril.com.br/coluna/mulher_cientista/voce-nao-e-um-genio-incompreendido-as-licoes-da-astrofisica-brasileira-que-trabalha-na-china.
Enfim, a professora Larissa encarna o valor de permitir que a curiosidade da infância nos guie ao longo da vida, transformando essa energia em fonte de aprendizado: se não fosse por isso, não conheceríamos uma pesquisadora brasileira reconhecida mundo afora, cuja vontade em tornar a ciência acessível à população brasileira seja tão louvável e efetiva. É por esse e outros motivos que, com as palavras da cientista, “A ciência é muito mais do que um grande rompante individual”.
Redatora: Giovana M. de Britto.
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